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Há alguns anos atrás, uma mãe atirou-se ao rio com as suas duas filhas.

As crianças, infelizmente não sobreviveram. A mãe sobreviveu!
Levantou-se um burburinho na comunicação social acerca do caso, que chocou a sociedade. A culpa era do marido, homem abusador, que queria retirar as crianças. Tínhamos de repensar esta sociedade machista, tínhamos de reverter as estruturas de poder!
O marido, entretanto, foi chamado de tudo o que se possa imaginar por pseudo-feministas masculinos e femininas, foi insultado nas redes sociais, na televisão… Durante uns dias a vida dele deve ter sido um verdadeiro inferno de acusações…
…acusações essas que se veio a saber eram infundadas. Ele realmente queria tirar as crianças à mãe, não por vingança ou para a maltratar, mas sim porque ela tinha distúrbios psicológicos graves e ele temia o que veio realmente a acontecer!
Portanto, não só teve de lidar com a dor de perder os filhos, como teve que lidar com as acusações dos guerreiros da justiça social.
A verdade soube-se!
Nunca vi nenhuma das pessoas que o acusaram fazer um acto de contrição!

A lógica de “coitada da mulher” foi substituída pela “ele é homem e aguenta-se”!
No bairro da Jamaica, no Seixal, policias foram acusados de brutalidade quando entraram no bairro e prenderam e bateram em algumas pessoas! Os policias diziam ter sido recebidos à pedrada. Os moradores afirmavam o contrário.
Mais uma vez se levantou um burburinho. A policia era claramente racista, aquilo não se fazia, até o Presidente da Republica lá foi, uma actual deputada no parlamento fez discursos anti polícia, acusando-os de tudo, em frente à câmara municipal do Seixal (sem sequer gaguejar uma única vez)…
Mais tarde vem-se a saber que os policias tinham sido chamados ao local, que havia distúrbios antes deles chegarem e que, sim, foram recebidos à pedrada!
Ninguém que acusou a polícia fez um acto de contrição!

Este é um dos problemas que temos hoje em dia. Quando me falam do problema de a direita estar a ganhar terreno em toda a Europa, com o elevar de nacionalismos extremos, o que é, de facto, um problema grave, talvez fosse interessante perceber que muitos destes ganhos aparecem por causa da esquerda radical.
A maior parte das pessoas é ponderada. Algumas são mais liberais, outras mais conservadoras, mas apenas uma fatia muito pequena da população é extremista! Mas estas minorias fazem muito barulho. O problema é que, sendo radicais, medem tudo pela mesma bitola. Chamar à população inteira de um país de racista e intolerante não é, se calhar, muito produtivo. Até porque a maioria das pessoas não será racista e intolerante. E, não o sendo, são capazes de se sentir ofendidas e responder à ofensa a nível individual, o que leva ao ofensor vitimizar-se dizendo “Vêem o racismo e a intolerância?”.
A Europa e não só, caminham mais para os nacionalismos em resposta a estes movimentos mais extremistas de esquerda… Basta olhar para os Estados Unidos onde, se não conseguirem tirar o Trump da Casa Branca, é certo que vencerá novamente as eleições! E por cá, deste lado do Atlântico, Le Pens e Venturas e outros cromos mal-amanhados vão-se elevando com populismos bacocos mas que são respostas directas aos radicalismos da esquerda!

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